Segundo teste por terras Suíças e um resultado embaraçoso, que não traduz o desenrolar do jogo e em nada belisca a preparação da equipa.
Novamente, como no primeiro jogo, fizemos uma primeira parte de muito bom nível, com boa dinâmica colectiva, pressão na bola e olhos postos na baliza adversária.
Rui Vitória, tal como eu previra no post anterior, fez entrar de inicio Fejsa e Lisandro para dar mais consistência e ainda substituiu Cervi por Rafa. A equipa respondeu bem e a diferença de ritmos das duas equipas era pouco notória.
Prova disso foram as várias jogadas atacantes protagonizadas pelo nosso quarteto atacante, sempre acutilante e bastante móvel, que demonstrou um entrosamento bastante aceitável com a inclusão de Seferovic.
O empate ao intervalo era o resultado justo pois a equipa suíça foi sempre bastante perigosa no contra-ataque e ainda enviou uma bola ao poste.
Na segunda parte a equipa quebrou bastante, principalmente na coesão defensiva, e à medida que o jogo ia decorrendo a diferença de ritmo tornou-se abismal. Os 4 golos sofridos resultaram sempre de falhas defensivas, ora por cansaço ora por falta de concentração, e não espelham minimamente a história do jogo.
Gostei de ver a resposta da equipa nos primeiros 45 minutos, a dupla a meio campo Fejsa/Felipe Augusto parece-me que pode ser bastante útil em jogos de maior equilíbrio em que é preciso músculo a meio campo, e Seferovic voltou a mostrar boa movimentação quer na imediação da área quer longe da mesma, sempre disponível para funcionar como pivot ofensivo e a segurar a bola para entregar de seguida. Diogo Gonçalves voltou a estar em bom plano, ainda que menos vistoso que no primeiro jogo e ter Jonas com esta disponibilidade com e sem bola é um luxo. Na defesa Lisandro e Jardel estão longe da razoável forma física, André Almeida e Hermes estiveram cumpridores mas sem deslumbrar, e Rafa continua a prometer muito mas a ser pouco objectivo e concretizador.
Dos suplentes, Varela teve a infelicidade de jogar na pior fase da equipa, Pedro Pereira nunca conseguiu apanhar o ritmo do jogo e dos adversários, Kalaica esteve em bom plano, Chrien muito voluntarioso mas ainda sem conhecimento dos colegas e do sistema, Horta esforçado mas com pouca cabeça e mais coração, Cervi sempre ao seu estilo vertiginoso e incansável, e Heri, Carrillo, Willock e Arango sem tempo para se mostrarem.
A equipa ainda procura o seu ritmo, o seu entrosamento, e assim como a boa prestação no primeiro jogo não serviu para conclusão alguma esta exibição e este resultado negativo também não o farão.
A preparação segue de regresso a casa e os próximos dois testes terão o Algarve como palco.
Vamos Benfica ! #rumoao37
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